domingo, 17 de abril de 2011

“Ah, como sou feliz!”

É engraçado pensar em como nós vivemos de aparências. Principalmente agora, muito mais agora. Vivemos para mostrar aos nossos amigos do facebook, aos seguidores do twitter (e por aí vai...) o quanto somos felizes, o quanto viajamos, o quanto bebemos, o quanto nosso amor nos faz bem... aaa, mas apenas mostrar não basta, importante mesmo é que TODOS “curtam” isso, que todos vejam e que não reste dúvida alguma de que você é uma pessoa SUPER feliz =D.


Mas será que essa realidade virtual está diretamente ligada à realidade, digamos, “vivida”? Será que vivemos constantemente nesse estágio de felicidade invejável? E se for, por que nós (estou verdadeiramente me incluindo nisso) precisamos divulgar isso para uma gama de pessoas que - é bem provável - nem se importam com conosco? Talvez seja para manter uma reputação, ser referência de alguma coisa... Ok, vou parar por aqui, eu realmente não consigo entender (ou até consigo, mas é melhor não falar... preciso manter minha reputação).

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Dúvida

Segue uma dúvida cruel: Como é que a gente consegue ser tão feliz ao mesmo tempo em que tanta gente está sofrendo? Não estou falando da população haitiana... quero chegar mais pertinho, aqui, no sertão nordestino, ou mais ali, em São Paulo. Dois extremos que me sufocam com suas tragédias naturais. E olha que nem vou mencionar a violência ordinária que invade a rotina de um país inteiro. Eu quero mesmo é chegar na festa.
Estamos a uma semana do carnaval, e aí meu amigo, tudo vai deixar de ser tragédia para virar folia, eu não me excluo dessa contagem não. Sou tão egoísta quanto você. Daqui a alguns dias nós vomos deixar de ir ao trabalho, vamos viajar, ficar em casa de bobeira, ou curtir uma “festinha” de rua. E esse sentimento que me atormenta agora? Talvez eu até me lembre dele (se ligar a televisão). Mas, claro, essa fase vai acabar, as notícias ruins vão voltar a aparecer e eu vou voltar a ser uma puritana. Vou morrer de pena de todos os que estão sofrendo, mesmo sabendo que morrer de pena não é o suficiente, pelo menos, não vou me sentir tão egocêntrica.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Uma crença silenciosa em Anjos


Escrito por R. J. Ellory, “Uma crença silenciosa em anjos” narra a trajetória de Joseph Vaughan, um garoto de apenas 12 anos (em 1939) que se depara com uma série assassinatos na pacata cidade onde mora, localizada no interior da Geórgia.
Joseph se sente responsável por cada menina assassinada brutalmente e resolve criar, com alguns amigos, um grupo denominado “Os Guardiões” para tentar evitar que o crime volte a acontecer. Ao longo de uma década mais meninas morrem e, mesmo quando os assassinatos pareciam ter acabado, o passado volta ao encontro de Joseph destruindo mais uma vez a sua felicidade.
“Uma crença silenciosa em anjos” é uma romance eletrizante e, ao mesmo tempo, emocionante, cheio de acontecimentos que não deixam a leitura monótona em nenhum momento. Ellory conseguiu transmitir todo o sentimento de Joseph Vaughan para o leitor, que sofre junto com o personagem e torce pelo seu sucesso.
Sobre o autor: Nascido em Birmingham, na Inglaterra, Ellory ficou órfão aos 7 anos. Cresceu em internatos, até que, aos 16 anos, foi acolhido por um dos avós. Aos 17, cumpriu pena por roubo. É casado e tem um filho. Outras obras: Candlemoth, Ghostheart, A Quiet Vendetta, City of Lies e A Simple Act of Violence, obra mais recente.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Por uma gentileza sincera

Não sou mal educada.
Não sou grossa.
Muito menos sou metida.
Justificativas?
Sim.
Por que?
Simples.
Eu não tenho cara de gaveta de arquivo-morto (é com ou sem hífen?), pra pegar tudo quanto é tipo de papel que as pessoas dão na rua. É na passarela, no ponto de ônibus, na entrada da faculdade, na porta do banheiro... dentro do banheiro! Em tudo quanto é lugar tem alguém com a mão esticada nos oferecendo um papel de não sei sobre o que, sem nem nos dar um sorrisinho que tente nos convencer a pegá-lo.
É churrascaria que está em promoção, mãe-de-santo que traz o amor de volta em até 3 dias úteis (como se fosse um acerto bancário), alguém que sofre de uma grave doença e precisa da mínima ajuda que seja, transporte escolar, chopada, forró, e não sei mais o que! Dou um sorrisinho mais educado do que simpático, levanto meu dedinho indicador e digo (na verdade dublo): não.
Posso passar por chata o quanto for, me ache antipática quem quiser. Melhor não pegar do que nem olhar pra cara de quem está entregando o papel, aceitar o 'bendito' num gesto robótico, dar dois passos e meio e depois jogá-lo na rua. Aparentemente é um assunto fútil a ser tratado, mas até a futilidade sabe ter a sua importância.
Falsa educação, pra mim, é o fim!
Não é nada educado fazer pouco caso de alguém que está no sol quente ou debaixo da chuva, fazendo um trabalho que, além de parecer super entediante, muitas vezes (quase sempre, na verdade),incomoda quem está com pressa ou simplesmente não gosta mesmo dessas coisas (como eu). E quem trabalha assim, sem dúvida, sabe que é um saco pra quem está passando
na rua e acaba virando alvo. E pegar o papel por educação, continuar conversando no celular ou com a pessoa que está do lado e jogá-lo na rua é puro descaso, é como dizer: 'ó, peguei viu, mas quero ler não, foi só por educação'. Nesses casos (acho que em muitos outros também), um não dublado sabe ter muito mais um tom de explicação do quem um sim que as pessoas dão por pura e simples obrigação.
A convivência é algo difícil.
Dificílimo!
Nem todo mundo entende que nem sempre dá pra estar com um sorriso estampado na cara, nem todo mundo sabe dizer não, nem todo mundo sabe escutar um não. Mas, pior que ouvir um NÃO aparentemente arrogante, é receber um SIM hipócrita. Por isso, não sendo mal educada, grossa e metida, vou continuar sem receber os papéis que me dão na rua, sem agradecer ao motorista quando eu descer do ônibus, caso ele não faça por mim algo além da sua obrigação (dirigir o ônibus!), dizendo 'bom dia', 'boa tarde', 'boa noite' e 'obrigada' quando eu realmente sentir vontade. Porque a convivência vai muito além de frases prontas que aprendemos desde o maternal. Está pra lá de um sorriso sincero, do respeito ao espaço do outro, de uma ajuda espontânea, de não obrigações. Somo sim obrigados a conviver com o outro, afinal, não temos um mundo particular e a sociedade é isso mesmo: um nicho de pessoas diferentes, que precisam saber viver juntas. E quão gostoso é quando tornamos
a convivência pacífica. Mas essa convivência não precisa, de maneira alguma, ser artificial. Sejamos espontâneos. Ouvir frases prontas que muitas vezes são ditas com uma cara amarrada é muito desagradável.
Não quer dizer 'bom dia'? Finja que não me viu, ou olhe pra mim e não diga nada mesmo.
Mas não me cuspa um "bomdi", que mal dá pra ser escutado.
Não peça pra segurar as coisas de quem está em pé do seu lado no ônibus lotado num tom de quem torce pra ouvir um "precisa não, 'brigado''. Não ofereça alguma coisa que está comendo falando repetidas vezes que está morrendo de fome, já pra pessoa não aceitar. Não fique pedindo as coisas, ser pidão é muito feio. Não ria de uma piada sem graça só pra tentar ser bonzinho.
Sejamos espontâneos.
Sejamos sinceros.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Imagine só....



Será que chegaremos a esse ponto?

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Novas mídias!


O meu encanto com os novos meios de comunicação vem aumentando exponencialmente desde que comecei a descobri-los e testá-los, seja como ferramenta de trabalho ou para uso pessoal. Dessa forma, mesmo com pouca experiência, eu já pude perceber que o estreitamento entre “você e o que você quer alcançar” que as novas mídias proporcionam é sensacional!
Estou falando de ferramentas como o Twitter, Orkut, Blog, MySpace. Facebook....e tantos outros sites de relacionamento que chegaram para ficar. Certamente, não faço parte de nem metade deles, mas já estou convicta do bom efeito que podem proporcionar.
Mesmo sabendo que existe, hoje é difícil acreditar que alguma pessoa ainda não faça parte do Orkut, por exemplo. Imagine então a grande quantidade de informações válidas que podem estar circulando por lá enquanto você lê esse texto e, conseqüentemente, o quanto que você pode interagir com o seu público alvo estando conectado com essa ferramenta. É uma comunicação direta e clara, que pode ter resultados super eficientes, afinal, o retorno também é instantâneo. Imediatamente você fica sabendo o que agrada ou não, basta apenas postar a idéia que deseja passar nos fóruns das comunidades e esperar as respostas, por exemplo.
Seguindo a mesma linha, (talvez até mais eficiente quando se trata da transmissão de informações) o Twitter possui uma utilidade especial e importante, dependendo, claro, do propósito de quem está conectado. A idéia de poder seguir e acompanhar quaisquer novidades de outros veículos de comunicação, como os jornais, ou de pessoas com opiniões relevantes, é interessantíssima para quem quer se manter atualizado a qualquer hora do dia de maneira prática, sem precisar ficar visitando site por site.
Esses dois exemplos citados já conseguem refletir que a grande quantidade de acontecimentos, em conjunto com a necessidade de está constantemente por dentro de todos eles, exige justamente essa interatividade que vem sendo proporcionada pela rede. Então, cabe a nós, participantes de uma sociedade moderna, nos adaptarmos a estas novas ferramentas e tentar usurfluir destes da melhor forma possível. Afinal, como diria minha professora de Web, quem não está na rede não existe ou não merece existir!

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Ok, Michael Jackson morreu....

Michael Jackson morreu: Nossa que acontecimento!
Dois dias depois: Michael Jackson, antes pedófilo, era o melhor homem e artista do mundo!
Sete dias depois: Michael Jackson morreu. Ok, Eu já sei.
Treze dias depois: Velório e enterro de Michael Jackson. Sim! Eu não agüento mais ouvir falar dele!

A primeira notícia sobre a morte de Michael Jackson, no dia 25 de junho, criou um grande impacto sobre a população mundial. De repente, todos os meios de comunicação só falavam nisso. Claro, o que mais alguém poderia esperar? Michael Jackson morreu!
Devo ressaltar que tenho o maior respeito por esse saudoso artista, mas, o apelo que a mídia fez em torno da sua morte foi além dos limites da minha imaginação. Por toda a minha vida as únicas reportagens que eu ouvia sobre Michael dizia respeito ao seu nariz, sua cor, suas inúmeras plásticas e ...vejam só, sobre pedofilia! Agora, depois da sua morte repentina, ele simplesmente virou um homem “sem pecados”. A pessoa mais humana do mundo, o filho sofrido, o melhor e mais versátil artista de todos os tempos, o insubstituível.
Durante esse período (descoberta da morte: 25/06/09 - velório: 07/07/09) inúmeras reportagens falando sobre a sua instantânea passagem pelo Brasil (que pareceu tão longa agora) mapearam cada local que ele passou e cada pessoa com quem ele teve contato. Essa é a hora de aparecer, de tirar proveito da morte alheia. Todos falavam com tanta emoção, mostrando tanta saudade....mas saudade de quem?? Do pedófilo, do homem que não quis aceitar sua própria imagem? Não, agora eles mudaram o discurso.
Eu concordo que falem sim, da sua vida artística, da sua dança, da sua voz, das suas invenções. Isso nós poderíamos julgar. Mas não falem da pessoa que foi Michael Jackson, soa muito falso. Diferente do depoimento de Paris, filha de Michael, que provocou verdadeira emoção. Ela falou com o coração, ela viveu ele. Nós não. Nós só conhecíamos o que a mídia queria passar.

P.s.:Porque essas tantas homenagens e manifestações de carinho não foram prestadas enquanto ele ainda estava vivo? No aniversário dele, talvez. Por que temos que esperar que alguém morra para só depois “santificar”?