quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Eu sou o mensageiro

A menina que roubava livros foi a minha primeira leitura do autor Marcus Zusak. Eu fiquei completamente encantada com o livro e, como de costume, me envolvi com a história de cada personagem. Alguns meses depois eu tive a felicidade de ganhar outra obra de Zusak que, apesar de ter sido escrita anteriormente à “Menina”, não recebeu tanta repercussão quanto.
Em seis dias apenas, entre trabalho e faculdade, eu conheci toda a trajetória de Ed Kennedy e mais uma vez me envolvi. O livro transmite uma realidade tão intensa que parece estar acontecendo em tempo real. As palavras que o autor usa são comuns aos jovens e nós conseguimos conversar com ele.
O enredo de “Eu sou o mensageiro” é contado na primeira pessoa pelo personagem principal: Ed Kennedy, rapaz de 19 anos que fala da sua própria vida, de todo o seu fracasso e, sem se envergonhar disso, ele faz vários questionamentos sobre a importância da sua existência. Querendo ou não, Ed nos faz refletir sobre o que nós fazemos das nossas vidas. Alguém vai lembrar de alguma coisa que a gente fez?
Certamente Ed sempre será lembrado por todas as pessoas que foram beneficiadas depois que o narrador descobriu a sua missão: ajudar aos outros. Missão essa que foi determinada por um misterioso qualquer que confiou nele, mesmo conhecendo todo a sua trajetória de “derrota”, com uma mãe que o odeia por ele parecer com o pai (que faleceu à seis meses), uns amigos que são tão fracassados quanto ele, um amor não correspondido e um emprego que não lhe acrescenta em nada.
Ed Kennedy, com o “empurrãozinho” que teve, conseguiu melhorar de alguma forma a vida de muitas pessoas, incluindo a sua. Ele aprendeu como fazer e não vai parar por aí.


P.s.1: Se Ed conseguiu fazer tudo aquilo, qualquer outra pessoa pode fazer também. Sim. Ed não foi apenas o mensageiro, mais do que isso: ele é a mensagem.
P.s.2: Obrigada pelo presente meu amor!

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Sanidade individualista

Uma poesia, só para matar minha vontade de postar no Blog depois da "reforma":

Quem vai falar aos loucos
da sandice que os cerca?
Quem vai abrir os olhos
de quem vê e nada enxerga?
Como estragar a alegria
de quem se contenta com pouco?
E como pedir em dobro
de quem não desfruta dela?
Abafem as vozes, porque no fundo
ninguém quer mesmo falar.
Afastem suas mãos ferozes
do alcance de quem teme se machucar.
Bebam suas próprias certezas
em taças de ouro, porque apenas
os tolos escolhem se enganar.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Escola filantrópica incentiva o estudo em horário integral


Acordar todos os dias bem cedinho e ir para a escola de segunda à sexta é uma rotina comum a qualquer estudante do ensino médio, da mesma forma acontece com os alunos do Colégio Técnico da Fundação José Carvalho, CTFJC, situada em Pojuca. O que diferencia-os dos outros está no decorrer do dia, quando, ao invés de irem para casa, eles continuam com suas atividades dentro da escola.
As aulas pela manhã começam às 07h40min e terminam às 12h45min, os alunos almoçam e às 14hrs o turno da tarde começa. Cada professor possui uma sala para que os alunos possam tirar dúvidas da disciplina, a biblioteca também continua disponível para estudos nesse turno. Fica a critério de cada um decidir se precisa ou não alongar o seu período na escola para estudar, independente disso, todos os dias esse apoio é oferecido a eles. Porém, quando se trata das aulas de reposição, ou aula das disciplinas Educação Física e Informática, que são realizadas à tarde, os estudantes têm a obrigação de participar.
“Normalmente, fico no colégio três ou quatro dias na semana, sendo que dois dias são obrigatórios.” Afirma Victória Cedraz, aluna do 2° ano. Para Luciane Almeida, hoje estudante de Jornalismo, ao mesmo tempo que era algo cansativo e estressante, ficar na escola pela tarde, era também prazeroso, pois o almoço em família, que já não existia, passou a ser compartilhado com os amigos.
Além da estrutura montada para os estudos, o CTFJC, também está equipado com quadra poliesportiva, piscina, campo de futebol, salão de jogos, pista de atletismo e uma paisagem belíssima que estimulam a vontade de estar na escola, mesmo que, para ter acesso a esses lugares, seja preciso o acompanhamento de um professor. “Há alguns meses comecei a praticar Tiro esportivo, na categoria Damas, por incentivo do meu professor de Educação Física, Jorge Cajazeira. Ganhei o bronze no campeonato baiano.” Afirma Victória Cedraz.
Ao ser questionado a respeito das vantagens que o estudo em horário integral proporciona Jorge Ubiratã, professor de História do colégio, afirma que com esses moldes há um maior aprofundamento das discussões sobre as disciplinas, oportunidade de desenvolvimento de Projetos interdisciplinares, melhor integração entre os professores, funcionários e alunos, aproximação maior entre corpo docente e discente, além da eliminação de dúvidas pendentes. Para ele há, sem dúvida, uma melhoria significativa no rendimento, no entanto, ela depende da disposição do aluno em comparecer às tardes e acompanhar as atividades que a escola proporciona no turno oposto.
O CTFJC foi fundado em 1975 na cidade de Pojuca, pelo engenheiro José Carvalho, dono Cia de Ferro Ligas da Bahia, FERBASA, que cresceu profissionalmente devido a bolsas de estudos que recebeu durante a juventude. Para ingressar nessa escola os alunos precisam fazer um teste de seleção e, caso perca em algum ano, tem que sair da instituição.