segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Dúvida

Segue uma dúvida cruel: Como é que a gente consegue ser tão feliz ao mesmo tempo em que tanta gente está sofrendo? Não estou falando da população haitiana... quero chegar mais pertinho, aqui, no sertão nordestino, ou mais ali, em São Paulo. Dois extremos que me sufocam com suas tragédias naturais. E olha que nem vou mencionar a violência ordinária que invade a rotina de um país inteiro. Eu quero mesmo é chegar na festa.
Estamos a uma semana do carnaval, e aí meu amigo, tudo vai deixar de ser tragédia para virar folia, eu não me excluo dessa contagem não. Sou tão egoísta quanto você. Daqui a alguns dias nós vomos deixar de ir ao trabalho, vamos viajar, ficar em casa de bobeira, ou curtir uma “festinha” de rua. E esse sentimento que me atormenta agora? Talvez eu até me lembre dele (se ligar a televisão). Mas, claro, essa fase vai acabar, as notícias ruins vão voltar a aparecer e eu vou voltar a ser uma puritana. Vou morrer de pena de todos os que estão sofrendo, mesmo sabendo que morrer de pena não é o suficiente, pelo menos, não vou me sentir tão egocêntrica.