Os meios de comunicação de massa são importantes formadores da opinião pública, principalmente quando se fala em jornalismo. Isso porque, na teoria, o jornal deve transmitir a verdade pura e clara aos espectadores e leitores, tornando-se digno de confiança. Contudo, alguns fatores podem contribuir para que a transmissão da notícia não aconteça de forma tão transparente.
O mundo está inserido em valores mercadológicos, onde o importante é ter “poder” econômico e, assim, “poder” ditar as regras. Este princípio rodeia todas as áreas profissionais, inclusive os transmissores de notícias, que muitas vezes se vêem obrigados a desconstruir o ideal da imparcialidade para satisfazer a necessidade da empresa e não a do seu público.
Se por um lado alguns jornalistas são obrigados a mudar o seu discurso, por outro existem os que o fazem por própria vontade. Estes são influenciados pelo o tão comentado “jabá”, uma espécie de cortesia oferecida ao jornalista que pode vir, no menor dos casos, em forma de canetas, bolsas, bloquinhos de papel, canecas... que geralmente são enviados por assessorias de imprensa. Mas o que preocupa são os presentes de maior valor financeiro.
Existem vários casos, principalmente em editorias de turismo, de profissionais que ganham viagens para hotéis, resorts, clubes ou até “visitas” internacionais com tudo pago. Mas como escrever mal sobre uma empresa que lhe ofereceu tudo do bom e do melhor? Aí está o impasse. Será que dá para ser imparcial nesses casos? Essa é uma questão constantemente discutida entre jornalistas. Alguns preferem dispensar oferta, mas outros afirmam que tem como ser fiel ao código de ética mesmo aceitando as cortesias.
Para amenizar os efeitos que um presente desses pode causar, é essencial que em algum lugar da matéria fique explícito que o “passeio” foi oferecido gratuitamente ao repórter. Dessa forma, o receptor da notícia vai poder aguçar seu olhar crítico para o que está sendo transmitido.
Um comentário:
Hum...concordo com tudo!
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